quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

19 de abril: "Baby girl you know I need youI never thought that you would leave me this way."E mesmo pedindo pro nada, e mesmo sofrendo por medo, mesmo me arranhando por dentro eu consegui. Consegui fazer com que eu perdesse você.Tudo de melhor que eu tinha, cada pedaço do meu 'perfeito' você conseguiu levar embora. E eu fiquei quieta. Mas também vou fazer o que? Chorar rios inteiros não vai te trazer de volta, ficar lembrando e me remoendo pelos cantos muito menos. Mas eu insisto em lembrar de tudo que a gente tinha, de tudo que você me trouxe. Prefiro me torturar sozinha lembrando de nós dois do que tentar fingir que estou bem. EU NÃO ESTOU BEM. Me desculpe caso eu não saiba fingir, caso eu não consiga controlar o choro, caso eu não consiga ser assim tão forte. Jamais serei forte se tratando de você. Você me tem e sabe disso, e mesmo não estando aqui eu gosto de pensar que não poderia ser de outra maneira. Eu não poderia ser de mais ninguém. "Fear is the hard of love." E é o que mais me assusta, é o que mais me dói. E se, e se(...). Milhões de se's me passando pela cabeça e me machicando cada vez mais.Faz falta, quase mata.
Eu poderia jurar que eu já estive em algum lugar, parecido com o que me encontro agora. Eu saberia dizer se eu já tivesse visto o rosto que me encara nesse momento, de dentro de um espelho. Eu quis gritar meu nome pra me acordar por dentro; tudo que consegui foi a entrada do inferno, essa tristeza sem término, no meu peito a pesar.
Me dá uma pá, que é pr'eu cavar um buraco, daqueles bem fundos, e ali ficar. Me dá é um espelho, que é pr'eu quebrar e brincar com a sorte, ver no que isso tudo vai dar. Me dá uma caneta, que é pr'esse peso da alma, com palavras e versos, eu poder arrancar. Me dá tua mão, me dá seus pensamentos, dá cada uma de suas palavras, que é pra nelas eu me aconchegar. Pensando bem, me dá só um pouco, desse sossego que carregas por dentro, dexa teu sorriso me acompanhar.
O sol brilhou; o dia nasceu; o café me queimou; meu canto morreu; a vista cansou; a garganta secou; o tempo passou; o dia escureceu. Tudo se foi, tudo vem denovo. Mais uma vez. Novamente. Incansável, atordoante, cada minuto do meu dia. Até o coração parar, até o ar faltar e eu enfim encher o peito e dizer que já nem me lembro mais, o que eu queria dizer.
Maldito tormento, que eu carrego por dentro. Uma batalha com o espelho, um sorriso vazio, um olhar tão distante, palavras ao vento. Arranca o que quiseres, já não me importo mais. Se o dia é azul ou cor de rosa, se a rosa murchou, a fruta estragou, o sol lhe sorriu, o mundo acabou, tudo isso é tu que escolhes. Me deixa sozinha, na minha, nem uma palavra a mais. Me basta meus medos, minhas alegrias, minhas lembranças. Eu jurei nunca me odiar, odiando cada palavra da minha promessa. Agora segue teu caminho, e me deixa no meu canto a pensar, pinta teu mundo das cores que quiseres, eu sigo sozinha em uma batida descompassada, que é pra o mundo dos outros admirar.

Raiva.

25/05/09 foi quando eu escrevi: Eu vou escrever uma história daquelas bem bonitas, vou dobrar o papel e guardar em uma caixa lacrada, a qual só você e eu conseguiremos abrir. Você vai ler e dizer que já sabe de tudo isso, então eu vou pegar o papel e queimá-lo na sua frente, pra te ver sangrar, pra você sentir como é bom quando lhe arrancam um pedaço da sua história.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

É tão difícil dormir no meu próprio quarto, tomar banho naquele chuveiro. E a cada momento que olho pra baixo ter imagens nítidas de tudo que eu já fui um dia. Fui? Tive? Vivi? Tudo fez parte de mim. É tão difícil ouvir qualquer música, deitar na minha cama, sentir somente o edredon. Difícil brincar com a minha cadela, olhar meus cadernos. Difícil imaginar que nesse momento eu queria só um abraço, pra me aconchegar bem de leve, olhar pra cima, e ver que você está lá. Não precisa de mais nada, poupe seus beijos, suas palavras, seus carinhos... Só quero que esteja do lado, como sempre esteve mesmo distante. Não quero seus gestos, seus sentimentos... Quero somente sua presença. Porque já tentei, e sei que não consigo te arrancar assim da minha vida. Você veio de leve, mas pra ficar. Mesmo que não seja tudo aquilo que esperamos, tudo aquilo que já vivemos... Talvez tudo que nós quisemos um dia não aconteça, seja tudo diferente, mais brando. Mas você estará perto, e se não estiver eu tentarei estar. Cada pedaço do meu quarto tem um pouco do seu sorriso, cada objeto que você tocou trás uma lembrança, e toda noite eu sei que eu poderia lhe ter ali pra cuidar de mim. Boas lembranças.